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Comece a trabalhar para 2024 ser um ano próspero

Todos os dias consumimos muito conteúdo e assistimos a milhões de pixels em vídeos e imagens com informações, sugestões, alertas, previsões e recomendações do que fazer para ter sucesso nos negócios, ou o que precisamos evitar e prestar atenção. É preciso estar muito focado e atento para não se perder nessa avalanche de informação, muitas vezes inverídica ou imprecisa.

Esse risco é ainda maior no mundo corporativo, com disrupções constantes e necessidade de transformação contínua. O mundo hoje vive em crise permanente (“permacrise” foi eleita a palavra do ano em 2022 pelo dicionário Collins, para traduzir a sensação de viver em período prolongado de instabilidade).

Ser líder com visão de futuro hoje significa atender a vários requisitos – de sustentabilidade, possuir soft skills (habilidades comportamentais humanas e sociais), saber reter talentos na empresa, garantir a resiliência corporativa, manter a cultura organizacional viva e unida e cuidar da saúde financeira e do crescimento da empresa.

Perguntas provocativas surgem diariamente em veículos focadas em gestão de negócios. Em artigo recente na Harvard Business Review, os especialistas Alex Liu e Abby Klanecky questionam se a transformação dos negócios já estaria se tornando obsoleta.

Os dois revelam que a palavra agora não é resiliência. É regeneração, recorrendo a Darwin, que escreveu sobre a adaptabilidade das espécies, que é por natureza evolutiva e não espasmódica. Aplicada ao mundo corporativo, a fórmula da transformação regenerativa é a que liga de forma mais harmoniosa as operações e o desempenho das empresas modernas com ecossistemas mais amplos das pessoas, lugares e organizações.

Exemplos de sucesso costumam inspirar gestores e lideranças no mundo inteiro. O mais recente grupo a ocupar o supremo brilho empresarial está sendo chamado de “as sete magnifícas” (“Magnifecent Seven”), seleta lista das maiores empresas de tecnologia – a Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Tesla, Meta e Nvídia. Elas simplesmente dominam o mercado americano e global.

A revista Fortune acaba de publicar a lista anual das empresas mais admiradas do mundo, campeãs de reputação global. O ranking, claro, começa com a Apple (1ª colocada), depois vem a Microsoft, em segundo lugar e a Amazon, em terceiro. Em quarto está a Berkshire Hathaway, JP Morgan Chase (5º), Costco Wholesale (6º), Alphabet (7º), American Express (8º), Walmart (9º) e Nvídia (10º). São marcas admiradas, consideradas como exemplo de gestão global, com grande poder de influência no universo corporativo.

Líderes de organizações e marcas que querem fazer a diferença devem prestar atenção a estudo publicado na última edição da revista focada em gestão de negócios do MIT – Sloan Management Review. O tema aborda as sete tendências de sustentabilidade a serem observadas este ano.

O texto começa com o aviso que estamos num momento de caos, o que torna desafiador fazer previsões. O autor, André Winston, é especialista em construção de empresas resilientes e coautor do livro “Net Positive: How Courageous Companies Thrive by Giving More Than They Take”, da Harvard Business Review Press, 2021.

Suas previsões são, por ordem de importância:

1)    As alterações climáticas irão piorar;

2)    As eleições (em vários países) influenciarão dramaticamente o futuro da sustentabilidade e da ação climática;

3)    Os relatórios de sustentabilidade atrairão mais atenção e investimento nas empresas;

4)    A tecnologia limpa continuará a se expandir;

5)    Distrações e argumentos “espantalho” irão proliferar;

6)    Parcerias para abordar questões de sustentabilidade em grande escala irão crescer;

7)    A ameaça do movimento anti-ESG diminuirá.

O autor do estudo da revista do MIT observa que em momentos de caos é possível surgirem cisnes negros, incógnitas desconhecidas ou grandes choques sistêmicos. Em um mundo tão complexo e interconectado ele aposta que essas disrupções definitivamente acontecerão. Lidar com a dualidade e a incerteza e desenvolver a resiliência são competências a aperfeiçoar em 2024.

O articulista do MIT conclui: “Como disse uma vez alguém sábio – as pessoas já atribuíram isso a Abraham Lincoln e a Peter Drucker, entre outros – a melhor maneira de prever o futuro, é inventá-lo”. Ele indica um bom caminho na construção de um futuro próspero é começarmos a trabalhar desde já para que líderes pró-clima ganhem as próximas eleições. Concordo inteiramente.

  • Jornalista, é Consultora Associada da Oficina Consultoria.
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