Os filhos da guerra
Por indicação de Gabriel Nogueira, estrategista e curador do curso Fractal sobre novos protagonistas da Comunicação, emerge a linguagem inovadora e delicada do documentário interativo Sons of Gallipoli (http://sonsofgallipoli.com/). Vencedor do prêmio honorário de melhor uso de vídeo ou imagens em movimento no Webby Awards 2016, o documentário relembra os 100 anos da Batalha de Galípoli, na Turquia, durante a Primeira Guerra Mundial.
Sons of Gallipoli foi garimpado pela equipe da AG2 Nurum, agência que integra o Grupo Publicis no Brasil, como exemplo de videonarrativa, o que remete mais a histórias do que a conteúdo. Nesse trabalho de análise de tendências de mercado, os especialistas da agência destacam que as videonarrativas “expandem as experiências ao unirem o universo lúdico ao informativo” e avançam em relevância nas plataformas e nos suportes de fácil acesso.
“Essas histórias ganham cada vez mais tons e linguagens refinadas com a utilização de motions, vídeos que permitem a interação e a ambientação, além de áudios que buscam uma imersão sensorial para o espectador”, acrescentam. Isso pode ser constatado na prática por quem assistir o documentário – e ao mesmo tempo navegar em seus diversos elementos interativos. O prêmio da Webby Awards, uma referência no universo virtual, é o atestado definitivo de sua qualidade.
As informações vão se conectando ao fio da meada da narrativa de forma harmônica, numa mescla de imagens, sons e depoimentos de historiadores ou moradores do local da batalha centenária. É com pouca estridência que essa história é contada, quase como um suspiro de quem se lembra de vidas, derrotas e perdas. Pelo olhar de duas mães – uma turca e outra australiana -, imagina-se o impacto naquelas que perderam seus filhos na luta. Duas mulheres em lados opostos, tentando entender o sentido da guerra.
Se o primeiro link falhar, este segundo facilita o acesso: http://sonsofgallipoli.com/#!/doc/1