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Um mergulho na experiência
vertiginosa de envelhecer

As crônicas reunidas em A tal da terceira idade abordam a experiência do envelhecimento em suas diversas faces, como o percurso da própria vida. O olhar agudo da autora, a jornalista Márcia Lage, transporta o leitor para um rico universo, que envolve sentimentos à flor da pele e mudanças na estrutura social.

Em linguagem coloquial e tons que variam do dramático ao lírico, com passagens bem-humoradas, as crônicas acompanham as transformações vividas pela autora na idade madura. Trazem também suas observações sobre o avanço da população mais velha no Brasil e no mundo, com críticas à escassez de políticas públicas para lidar com essa nova realidade.

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“Toda viagem que faço é uma viagem para dentro. Sentimentos recônditos me conduzem aos lugares aonde preciso ir, num modo intuitivo preferencial por sítios naturais e arqueológicos, que exigem exploração e pesquisa. Busco o mar para aliviar cansaços e recuperar energias; as cachoeiras, para descarregar desassossegos, raivas, sentimentos de injustiça e traição.”

(Trecho de “Epifania)

“O direito a uma morte digna é tão elementar quanto o direito à vida. Porque vida é mais que um coração batendo. É um conjunto de atividades, emoções, sonhos, esperança de futuro e possibilidade concreta de torná-lo real. Se isso tudo já não existe, o tempo de permanência na terra também se esgotou.”

(Trecho de “Morrer com dignidade”)

“Até agora não descobri se a câmera mente ou se é irritantemente honesta. O fato é que ela exibe uma papada que você nem havia reparado ainda, bolsa nos olhos, rugas profundas, falhas nos cabelos, bigode de gato, código de barra, manchas senis, verrugas, olheiras, até cabelo no nariz.”

(Trecho de “Videochamadas)

“Mover exige coragem, resiliência, adaptação a diferentes culturas e hábitos, abertura para o novo, o desconhecido, facilidade de comunicação e mente aberta, sem preconceitos, julgamentos ou comparações.”

(Trecho de “Acomodados”)

Márcia Lage

Marcia Lage é jornalista e exerceu a profissão por 36 anos. Começou a carreira no jornal Estado de Minas, em 1976. Ganhou o Prêmio Esso Regional em 1984. Trabalhou no Correio Braziliense e no Jornal de Brasília, além de assessorias de imprensa em ministérios, no Programa Nacional de DST/AIDS e na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Por último, dedicou-se ao telejornalismo, com passagens por todas as emissoras de TV, desde a extinta Manchete até a Globo, onde encerrou a carreira em 2012.

A partir daí, foi morar em Paraty (RJ), dedicando-se à literatura, por meio das oficinas de escrita criativa do Sesc local. Tem um livro infantil publicado – O Ogro e o Carrapato Estrela – sobre o avanço da construção civil em áreas de mangue; e um livro coletivo de contos – Paraty: Contos e Encontros –, com a participação de 12 escritores da cidade.

Recebeu menção honrosa no prêmio Off-Flip de 2022, na categoria conto. Tem um romance sobre a pandemia, um livro de contos e outro de poesia ainda não publicados. Escreve aos domingos no site 50emais. Atualmente, trabalha em projetos de restauração florestal, em parceria com a ONG britânica Ephemeral Brazil. Nômade digital, mora onde planta.

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